A Fisioterapia, além de trabalhar com a gestante durante todo o período pré-natal, preparando-a, prevenindo e tratando dores comuns desse período, também pode ajudá-la durante o trabalho de parto.
O ideal é que a gestante já tenha  tido pelo menos alguns contatos com o fisioterapeuta durante o período pré-natal. Durante as sessões ela fará exercícios de mobilidade pélvica, respiração,  trabalho de assoalho pélvico, além receber orientações posturais e comportamentais que previnem desconfortos. Assim, a gestante terá consciência do próprio corpo, dos possíveis sinais de que a hora do nascimento está chegando e de como se comportar evitando complicações. Vários estudos mostram que uma gestante tranqüila tem maiores chances de ter um parto normal, também tranqüilo. A tensão dificulta o relaxamento das fibras musculares, o que dificulta o processo natural. 
Por outro lado, a gestante que conhece seu corpo, sabe contrair e relaxar o assoalho pélvico sabe respirar adequadamente, e assim, facilita a saída do bebê, evitando lesões nos músculos perineais.


O QUE FAZER DURANTE O TRABALHO DE PARTO?

        
Esqueça aquela história de respiração cachorrinho: da maneira como ela é feita (respirações superficiais e rapidinhas), ela dificulta a oxigenação porque causa hiperventilação. Essa hiperventilação provoca o que chamamos de alcalose respiratória, que pode levar a uma vasoconstrição uterina, ou seja, menor oxigenação nessa região e isso é o que menos queremos durante o trabalho de parto. Pelo contrário, nessa hora o corpo precisa de uma maior quantidade de oxigênio.
         Então o ideal é manter um padrão respiratório mais lento e profundo, o que facilita a oxigenação e acalma a gestante entre as contrações.

PRIMEIRA FASE DO TRABALHO DE PARTO

            Essa fase é caracterizada pelas contrações uterinas, e se a gestante não necessitar de repouso, o ideal é que ela adote posturas em que se sinta confortável. Em pé e deitada sobre o lado esquerdo são as posturas mais indicadas, já que facilitam a descida do bebê. A gestante pode caminhar pelo corredor da maternidade, e quando as contrações chegarem, o ideal é sentar ou apoiar-se numa parede inclinando o tronco para frente e afastando as pernas, a fim de relaxar a região dorsal. O fisioterapeuta pode realizar massagem nessa região, o que tratá alívio da dor.
            Não se recomenda a posição deitada por muito tempo nessa fase, porque dificulta o retorno venoso e não facilita as contrações uterinas. O ideal é realmente alternar os posicionamentos, dando preferência aos citados anteriormente.

SEGUNDA FASE DO TRABALHO DE PARTO
 
           
No final do trabalho de parto as contrações atigem frequencia maior, aumentam a intensidade e a duração. A cabeça do bebê já está baixa e chega o período expulsivo. Quando a gestante consegue participar desse momento, o período expulsivo pode ser facilitado. A posição ideal para essa fase é deitada com o dorso elevado e as pernas flexionadas e afastadas. Essa abertura facilitará a saída do bebê.
            Normalmente a respiração ajuda nesse período. A paciente não deve fazer apnéia (bloqueio respiratório), porque isso pode favorecer lesões das fibras do assoalho pélvico. O ideal são respirações lentas e profundas.
            Mesmo que a cesárea seja necessária, o trabalho fisioterapêutico no pré-natal e durante o trabalho de parto auxiliam a gestante a enfrentar essa fase com mais segurança, e mais, auxiliam-na numa recuperação mais rápida.


                       
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