Nas últimas décadas as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) têm se tornado uma concentração não somente de pacientes críticos e de tecnologia avançada, mas também de uma equipe multiprofissional experiente com competências específicas.
            O profissional fisioterapeuta, como membro integrante desta equipe, necessita cada vez mais de aprimoramento e educação especializada para fazer frente ao avanço dos cuidados intensivos e, sem dúvida, formam uma importante parte da equipe da UTI.
            O fisioterapeuta intensivista tem uma visão geral do paciente e tem a atividade de, continuamente, avaliar as funções fisiológicas de um paciente em tempo real, com a finalidade de orientar a terapia a ser aplicada e/ou observar a resposta a um tratamento.             É o profissional responsável pelo diagnóstico fisioterapêutico através da avaliação físico-funcional. A fisioterapia auxilia na manutenção das funções vitais de diversos sistemas corporais, pois atua na prevenção e/ou no tratamento das doenças cardiopulmonares, circulatórias e musculares, reduzindo assim a chance de possíveis complicações clínicas. É de importância fundamental em pacientes graves devido a maior vulnerabilidade e complicações súbitas.
            Dentre as funções exercidas na UTI está à atuação de maneira complexa no gerenciamento do funcionamento do sistema respiratório e de todas as atividades correlacionadas com a otimização da função ventilatória, como a monitorização contínua dos gases respiratórios e dos aparelhos utilizados como suporte ventilatório. É de fundamental importância à manutenção e recuperação da função pulmonar, através de técnicas e exercícios respiratório específicos para garantir vias aéreas pérvias e expandidas, evitando assim o acúmulo de secreção e prevenindo complicações respiratórias. Podem atuar também, em conjunto com o intensivista, no ajuste da ventilação mecânica, supervisão do desmame da ventilação mecânica, extubação e implementação e supervisão da ventilação mecânica não-invasiva.
            O fisioterapeuta também possui o objetivo de trabalhar a manutenção dos músculos, tanto esqueléticos como respiratórios com técnicas de treinamento muscular, diminuir a retração de tendões e evitar os vícios posturais e imobilidade que podem provocar contraturas e úlceras de pressão. Para isso o profissional utiliza técnicas, recursos e exercícios terapêuticos em diferentes fases do tratamento e de acordo com as condições clínicas e necessidades do paciente, para alcançar uma melhor efetividade do tratamento. Além disso, a reabilitação pode auxiliar no desenvolvimento de um sentimento de independência, estabelecer responsabilidade de auto-ajuda e melhorar a auto-estima. A fisioterapia tem o papel de potencializar o caminho da humanização e projetar uma nova sociabilidade futura.
            Considerando que o trabalho intensivo dos fisioterapeutas diminui o risco de complicações e infecções hospitalares, há a redução do sofrimento dos pacientes e, consequentemente, permite a liberação mais rápida e segura das vagas dos leitos hospitalares. Diante disso, a atuação do fisioterapeuta especialista nas UTI implica em benefícios principalmente para os pacientes, mas também para o custo com a saúde em geral.

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